I pray for light in times of darkness.


Sem dúvidas hoje é o típico dia que o maior crime é levantar da cama.
Um dia que eu deveria ter ficado quentinha e aconchegada, numa hibernação primaveril.

Existem dias que nem os sonhos são reconfortantes, e que tudo, tudo mesmo parece estar fora do lugar, do eixo, do nexo, da direção.
Nada do que foi planejado aconteceu, a cabeça dói, o corpo reclama cuidado, e a mente reclama por paz.

É esse sentimento estranho, sem nome, sem cor, sem descrição.
Uma mistura de ausência com falta de paciência, remexida com uma solidão e aquela vontadezinha que não passa nunca, de chorar.
Ao mesmo tempo que preciso de colo, quero ficar sozinha... é aquela vontade louca de se afundar em um edredon, ligar silêncio alto da playlist e só levantar quando tudo isso passar.

Isto é como a ressaca do mar, mas no coração.
Aquela força suficiente para esconder a areia e estragar calçadas, e ao mesmo tempo aquela resignação constante e eterna, de viver em função da gravidade e da Lua.

Eu sou assim.
Sou como o mar.
Se ele resiste ao movimento anormal das ondas sobre si mesmas, eu também resisto a essa mistura sentimental, um sobre o outro.
É um reflexo torto de toda aquela força e intensidade que cultivo dentro de mim, é um grito baixo de socorro e liberdade para comigo.
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'Como você vai para a batalha sem armas?'
'Não sei, pensei que não precisasse hoje. Posso tentar dar um jeito?'
'Claro... fique calma, coloque a cabeça para funcionar, está tudo dentro de você."

[[Um breve diálogo entre um ditador e sua humilde seguidora, que consegue ver, por trás daquela cara de mal um ser humano, porque nela ele vê aquele potencial que ela tanto gosta que reconheçam]].

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